O fígado é um autêntico laboratório químico, provoca modificações em quase todas as substâncias que chegam até ele, filtra todos os produtos ingeridos e elimina substâncias tóxicas; ele também decompõe moléculas alimentares que serão absorvidas pelo organismo, tornado assimiláveis determinadas substâncias que o organismo repeliria e armazena substâncias hepáticas que servem de reserva, tais como as moléculas de gordura, proteínas e vitaminas especiais dos alimentos.
O fígado processa a produção de nossa fonte de energia, que é o glicogênio e controla os açucares do corpo transformando-os em reservas ou eliminando-os.
Seu trabalho é de aceitação, análise e transformação benéfica para a vida.
Pessoas que analisam a vida de forma rebelde porque tem registros de mágoa em seu passado, alimentam raiva constante e não aceitam determinadas ajudas, contrariam a verdadeira função do fígado.
A rejeição do amor, e a ira dominante, o nervosismo expresso com crises de raiva, as críticas rígidas e crônicas, a atribuição dos sofrimentos pessoais às falhas dos outros e a não aceitação da necessidade de mudanças, são motivos de sérias lesões no fígado que conforme a sua natureza, tenta processar tudo com organização e humildade.
A moderação é a condição de fundamental importância para o bom funcionamento do fígado.
Perceba como anda seu humor, você se altera com frequência diante das diferentes situações?
A alteração de humor interfere diretamente na função metabólica do fígado. Encarar serenamente uma situação difícil, sem dramatizar os fatos torna as coisas mais leves e fáceis de serem digeridas.
Esses comportamentos facilitam a decomposição dos alimentos em nosso corpo, até mesmo os mais pesados como a gordura.
As pessoas dramáticas, ao alardearem tudo que lhes acontece, tornam as coisas mais difíceis de serem resolvidas, dificultando a função do fígado em metabolizar alimentos mais complexos.
O fígado é um órgão que gera, distribui e controla o suprimento de energia do corpo, modulando a força vital.
Rejeitar o novo e não saber extrair o melhor da situação prejudica a função desse órgão, de absorver e eliminar corpúsculos estranhos ao sangue.
Possui também uma grande capacidade de regeneração, qualidade intensificada em pessoas mais flexíveis às mudanças e com mais facilidade em se refazerem a partir de situações difíceis.
O fígado é a principal víscera produtora da energia agressiva. A agressividade é a nossa condição de conquista em determinadas circunstâncias.
É a nossa capacidade de imposição na vida, necessária para mantermos nossa integridade e permanecermos em harmonia com nossa natureza íntima.
A agressividade não resulta necessariamente em violência. Esta surge quando a reprimimos em diversas situações, até o ponto em que explodimos, provavelmente contra alguém que está longe de ser o pivô de nossa revolta, mas foi eleito por nós para receber a carga.
A negação da agressividade provoca a raiva. Ela surge quando contemos a força agressiva e negamos nossa capacidade de agir.
A raiva é o instinto básico que mobiliza as forças agressivas ou destrutivas, tão logo nossa integridade moral e física seja ameaçada.
Essas forças podem ser mantenedoras da vida ou por outro lado as iniciadoras do processo de autodestruição.
Quando não aceitamos a raiva que sentimos, fazemos mau uso desta força, a raiva produzida é direcionada a algum alvo. Esse alvo pode ser as pessoas à nossa volta, com quem nos tornamos ríspidos e agressivos, mesmo que não tenham nenhuma relação com aquilo que provocou este sentimento em nós.
Quando usamos esta energia primária contra nós mesmos, estaremos destruindo nosso organismo.
Inicia-se um processo de alteração metabólica, resultando em doença nos órgãos da digestão ou em outros que possuam correlação metafísica com a situação.
A sensação básica da raiva independe de nossa vontade consciente. Ela é resultante da agressividade não expressa e nasce em nós com a função de destruir bloqueios que impedem os impulsos agressivos mantenedores da integridade.
A raiva surge com frequência quando esperamos que a vida e as pessoas correspondam aquilo que idealizamos.
Como temos por hábito reagir com agressividade às contrariedades, passamos a odiar tudo aquilo que contraria uma ordem preestabelecida.
Quando esse sentimento não é expresso, passamos apenas a reclamar da situação. A reclamação é a manifestação autodestrutiva da raiva, gerando uma atmosfera contagiante de negativismo.
A atitude queixosa demonstra o mau uso de uma energia produzida para se impor na situação.
É comum a quem reclama não fazer nada de construtivo, justificando-se através dos acontecimentos e pessoas.
A pessoa que reclama se torna amarga e odiosa, produzindo uma energia muito pesada para si e para o ambiente em que se encontra.
Então para curar seu fígado, liberte-se do "tem que ser assim", liberte-se do seu passado, perdoando todos que o magoaram, perdoando a si pelos "erros" que cometeu, buscando situações de alegria e prazer.
Ouvindo o que seu coração tem a lhe dizer, promovendo ajustes sinceros e pacientes para resolver os problemas de forma tranquila, esperando sempre o melhor.
Seja Feliz!!
Fonte: Linguagem do Corpo Cristina Cairo e
Metafísica da Saúde Valcapelli & Gasparetto